sábado, 17 de janeiro de 2015

Custa Envelhecer?



A capacidade funcional ao longo da vida vai diminuindo, e na terceira idade é importante manter a independência e prevenir a incapacidade, por isso é fundamental reabilitar e garantir qualidade de vida. O processo natural de envelhecimento associado às doenças crónicas é o responsável pela limitação do idoso.

Nesta fase da vida é importante focar-nos sempre na prevenção, pois nem sempre o indivíduo irá manifestar sintomas de doença, até o idoso aparentemente saudável requer cuidados, pois as manifestações de doenças nos idosos são: atípicas, sub-clínicas, os sintomas são inespecíficos e geralmente não relatados, o início é insidioso e é muito fácil “perder” um diagnóstico.

As principais ocorrências no idoso são : imobilidade, insuficiência cognitiva, iatrogenia, instabilidade e quedas, incontinência, delírio, demência e depressão.

Assim, existem aspectos a ter em conta nesta área: 

  • Manutenção da Saúde em idades avançadas 
  • Manutenção da funcionalidade 
  • Prevenção de doenças 
  • Detecção e tratamento precoce 
  • Máximo grau de independência 
  • Cuidado e apoio durante doenças terminais 
  • Tratamentos seguros.

O planeamento para a prevenção de doenças nos idosos consiste em: 

  • Corrigir os hábitos, tais como, (alimentação equilibrada, inatividade física, tabagismo, obesidade) 
  • Elaboração de diagnósticos, treinos e terapêuticas adequadas 
  • Equilibrar os ambientes emocionais 
  • Ampliar a rede de suporte social (rede de apoio) 
  • Não deixar que o idoso crie expectativas. Rejeitar a fantasia do “rejuvenescimento ou da eterna juventude” 
  • Estimular a prática de atividade física aeróbica, para o aumento de resistência, força e flexibilidade, bem como unir os benefícios físicos aos sociais 
  • Adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim o risco de acidentes como quedas e suas conseqüências, muitas vezes de prognóstico sombrio ou duvidoso 
  • Educar os cuidadores dos idosos dependentes, bem como reconhecer as suas probabilidades em adoecer
  • Estar atento aos sinais de maus tratos e denunciá-los. Ao atender um paciente que esteja com algum quadro demencial, o Psicólogo/ Neuropsicólogo necessita ter em mente o que realmente pode fazer para ajudá-lo e acreditar que ele será capaz de aprender, de desenvolver habilidades e responder a estímulos.

O apoio da família

Para que o tratamento inicie e tenha sucesso precisamos da parceria da família. Na maioria dos casos, são os familiares que procuram ajuda para o seu ente querido, dificilmente a própria pessoa toma a iniciativa. Por isso, o cuidador informal e formal necessita de apoio e de esclarecimentos a respeito da doença e do processo psicoterapêutico.

A família deverá estar inserida no atendimento, com reuniões agendadas e com liberdade de contactar com o psicólogo sempre que considere necessário. O atendimento com o paciente, tem por base, estabelecer um vínculo de confiança e empatia.

Esse contacto deverá ser realizado de forma natural e com extrema delicadeza, pois geralmente o paciente encontra-se assustado com os sintomas que já percebe em si mesmo, e que são notados pelas as outras pessoas. Como por exemplo, perguntar a mesma coisa várias vezes, esquecer onde colocou algo, sentir-se perdido no meio da sala, colocar um objecto num lugar estranho ou pouco comum. Muitos chegam fragilizados, deprimidos e chorosos.

O espaço terapêutico deverá ser um lugar de abrigo e acolhimento. Não devemos jamais apontar os esquecimentos e confusões. Apenas os registamos na nossa avaliação.

Conforme o vínculo se for fortalecendo passamos a abordar os seus interesses, do que gosta e não gosta, assim sendo, estabelecemos um plano individual de tratamento, que tem como objectivo principal considerar as suas necessidades e preferências.

Essas necessidades não se limitam às actividades básicas da vida como comer, beber, tomar banho, mas também incluem as questões emocionais, espirituais e de criação de autonomia. O objectivo de um bom plano terapêutico e de treino, tem como prioridade, reforçar e manter as habilidades individuais, promovendo maior qualidade de vida.

É importante envolvê-lo numa rotina de actividades significativas promover o que podemos chamar “um sentir-se útil”, realização e prazer.


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Local: Lisboa, Portugal
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